domingo, 17 de maio de 2015

O Nascer


Apenas o vento frio corre pelas ruas
A luz foge das calçadas, escapa
Ela anda, sem pressa, sem destino 
Ponto encruzilhada, para o tempo 

O vento toca a pele, congela 
Seus lábios estão trêmulos
Seus cabelos escuros, 
Dançam com o vento. 

O moinho roda, roda, e para
Disseste que já não há amanhã 
Mas a manhã não deixa acontecer
E o crepúsculo volta teus temores

Olhos que desvendam o universo
O confunde no meio de sua nebulosa
"A senhorita não tem culpa do mundo" 
Mas podemos nascer outra manhã 

Surgiu, no final do vale, um pássaro
Já não cantava, seu voo parava
Pessoas o achavam belo, estátua
O vento tocava sua pena, 
A dama o visitava.


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