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sábado, 23 de maio de 2015
Paradoxo do Nada
Vermes em fezes alegres de sua glória
Estupro da criança já morta pela vida
A moça tem sua roupa rasgada na travessa
Sorriso bonito, dentes caindo, Malévola inversa
O mundo é nosso, nosso
O horizonte alegra nossos olhos
O sorriso de felicidade da adoção conquistamos
O esforço no trabalho vai e vem
A moça já passou, todos não viram, apenas olharam
A criança cresceu, e diminuiu, escureceu
Os vermes já morreram, teu grito some no arrombo
Arrombo! Porra, presta atenção
Mas o mundo é lindo
Tem tanta coisa para vermos
Vamos viver, e sentir a vida
O mundo é nosso, nosso
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domingo, 17 de maio de 2015
O Nascer
Apenas o vento frio corre pelas ruas
A luz foge das calçadas, escapa
Ela anda, sem pressa, sem destino
Ponto encruzilhada, para o tempo
O vento toca a pele, congela
Seus lábios estão trêmulos
Seus cabelos escuros,
Dançam com o vento.
O moinho roda, roda, e para
Disseste que já não há amanhã
Mas a manhã não deixa acontecer
E o crepúsculo volta teus temores
Olhos que desvendam o universo
O confunde no meio de sua nebulosa
"A senhorita não tem culpa do mundo"
Mas podemos nascer outra manhã
Surgiu, no final do vale, um pássaro
Já não cantava, seu voo parava
Pessoas o achavam belo, estátua
O vento tocava sua pena,
A dama o visitava.
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quinta-feira, 14 de maio de 2015
Tempo
Tudo desapegou. A morte me abandona aos poucos. Porque eu não consigo?! Diga-me! Não acharei resposta aqui.
Ela está sentada do outro lado. Não sei qual era a cor da roupa. Seus olhos estavam me consumindo. Eu estava jogando fogo nos meus sonhos. Não importa o quanto eu queime, o final é sempre falho. Segure-me! O ar está me torturando. Mas os olhos ainda continuam a me consumir. Não sei onde estou. Digo a ela? Digo? Nem eu sei o que dizer. Pegue minha alma. Venda. Ela quem sofre.
Passei algum tempo... não, apenas passei, acho que o tempo não estava ali, olhando-a. Depois voltei a morrer com o tempo.
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Futuro do Pretérito Perfeito
Sinto-me traído pela natureza,
Pela beleza da essência.
Por universal sapiência,
Vejo-me caído, flácido e em fraqueza.
Et tu, Amare! És bruto!
Vejo tua secreta forma,
Ouço tua soturna corda,
De choro e música és fruto!
Fui, desavisado e alegre,
E sou feliz por fazê-lo;
Houve dias de frio e de febre:
Bruto, fui feliz em tê-lo.
Porém, reconciliar-me-ei:
Lúcido, digo que A amei!
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segunda-feira, 4 de maio de 2015
Faíscas no Horizonte: Encontro
Não sei se encontrarei o horizonte
O caminho está morto
O sol caiu em desgraça
E quando acontecer, tudo será uno
Tudo será triste, lúgubre, doce.
E todas as pontes desabaram
As ondas alcançaram nosso suspiro
O trono caiu em pedaços
A cabeça do rei em uma faca sem ponta
Noite já não é uma novidade para nós
E quando acontecer, tudo será uno
O barco, ainda sobre as ondas, treme
Pessoas assustadas,
Sentem o cheiro do sangue em suas mãos
Hipócritas que são o mundo
Vivem para alimentar os vermes
Meus medos se levantaram
Todos os túmulos desossados
Nada como o ontem que nunca veio
Nada como o amanhã sem existência
Nada como o mundo com gotas de esperança
Glória para a porra dos crentes
Está escorregando em nossas mãos
Está escorregando em nossas mãos
Está vendo o garoto morrer?
Está vendo seu coração sangrar?
Sangre! Curve-se! Salvo pela graça
Patético, estúpido, salvo pela graça
Cortou os pulsos, menina?
Sente melhora? Acalmou a alma?
Somos carne, somos alvo, somos a salvação
O inferno já não é novidade para nós
No final, não olhe nos meus olhos
Não olhe nos meus olhos
Olhe o horizonte, o horizonte
Sou eu, sem ser alcançado
Olhe o horizonte, o horizonte
Já estamos prontos, não?
Sente a mudança de cor em meus olhos
Vê o podre rastejar sobre as ruas?
Enxerga o sangue escorrer pelos olhos?
Queimar a pela, elevar-se
Então secaram os poços
Queimamos cidades, almas, anjos, demônios
E eles se sentiram em casa
Estou sem meus ossos
Mole, leve, verme sem alma
Alma que talvez flutua, alma que talvez seja
Ama que jamais para, para, para
Já comecei a apagar minha linhas
Não siga minha estrada, não toque
Meus olhos apodrecem, não ganham cor
Deixo dor para trás, vou para o nada
Não quero você lá, quero sua linha contínua
Alcance o horizonte, nos encontraremos
"Não há nada no ar hoje a noite"
E quando acontecer, tudo será uno
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