quarta-feira, 29 de outubro de 2014

O Cometa


Certa vez, um cometa passou.
Não como qualquer outro, este perdurou.
Visível mesmo perante a luz do Sol,
Rubro como sangue, cortava o céu.
Sua passagem durou minutos.
Horas? Não...
Dias.

Tarquínio não se espantou,
Era um presente dos deuses!
Haviam recompensado-o por sua excelência,
Nada além do merecido.

Charles se assustou,
Era um mau presságio!
Arrependeu-se de ter matado a garota,
Sua sina estava a caminho.

Orfeu se inspirou,
Havia lá muita arte!
Devia escrever uma canção,
Sua emoção seria apreciada.

Ester se entristeceu,
Partia ali sua querida mãe!
Não soube dizer se tinha aproveitado,
Vidas vêm e vidas vão.

Martim se determinou,
Tinha à sua frente um exemplo!
Como o cometa, seguiria adiante,
Somente se anda caminhando.

Muitos outros o observaram partir,
Cada um, um significado.
Sorrisos se abriram, lágrimas tristes caíram,
Vidas mudaram, sim.
Tanta capacidade em uma simples imagem...
No entanto, ninguém percebeu a única certeza:
Era somente um cometa, passando...


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