Autores
- Augusto Mundo (8)
- D.O. Arghus (47)
- Lázaro Petrarca (28)
- V. Pictor (5)
Blocos Especiais
Parceiros
Participações
quarta-feira, 29 de outubro de 2014
O Cometa
Certa vez, um cometa passou.
Não como qualquer outro, este perdurou.
Visível mesmo perante a luz do Sol,
Rubro como sangue, cortava o céu.
Sua passagem durou minutos.
Horas? Não...
Dias.
Tarquínio não se espantou,
Era um presente dos deuses!
Haviam recompensado-o por sua excelência,
Nada além do merecido.
Charles se assustou,
Era um mau presságio!
Arrependeu-se de ter matado a garota,
Sua sina estava a caminho.
Orfeu se inspirou,
Havia lá muita arte!
Devia escrever uma canção,
Sua emoção seria apreciada.
Ester se entristeceu,
Partia ali sua querida mãe!
Não soube dizer se tinha aproveitado,
Vidas vêm e vidas vão.
Martim se determinou,
Tinha à sua frente um exemplo!
Como o cometa, seguiria adiante,
Somente se anda caminhando.
Muitos outros o observaram partir,
Cada um, um significado.
Sorrisos se abriram, lágrimas tristes caíram,
Vidas mudaram, sim.
Tanta capacidade em uma simples imagem...
No entanto, ninguém percebeu a única certeza:
Era somente um cometa, passando...
Marcadores:
Poemas,
V. Pictor,
Viagens
|
0
comentários
terça-feira, 28 de outubro de 2014
Dança das Sereias
Vamos assistir,
A dança das sereias.
Lá, longe no oceano,
Estamos aqui, na areia.
Volte, lute, não me escute!
Eu preciso de você, senhorita
Não me perca de vista.
O inferno nos abraça,
A caída de todos está próxima,
Não se importe com porra nenhuma
Até o céu nos amassa.
Já estava na hora,
Ela gritava por mim,
Eu escutei o seu choro,
Vamos agora.
Encostei meu pé no oceano,
Devo mergulhar?
Mergulhar? Já estou nele,
Vou afundar.
Ali está a sereia,
Sorrindo para mim.
Ela conseguiu o que queria,
Estou no começo do fim.
Marcadores:
D.O. Arghus,
Poemas
|
0
comentários
segunda-feira, 27 de outubro de 2014
SOBRE PÓ
Dos pés ao horizonte, somente grãos.
Pintando o céu, alguns mais distantes.
A fumaça do acabado subindo;
Sua vida, a única visível.
De repente, a areia se move.
As pernas vazias levam o mundo pra trás,
A mente cheia leva as pernas à frente.
O mundo o move? Ou move ele o mundo?
Atrás de si, porém, nem pegadas.
De súbito, a luz lhe enche os olhos.
O vento são sussurros, calmos.
O ar irriga seus secos pulmões.
Os infinitos caminhos, enfim iluminados,
"Levam todos ao mesmo lugar?".
Num instante, para.
O tempo não passa.
Os grãos do céu, porém, logo voltam.
Os líquidos de ontem, hoje vapores,
Escurecem sua visão perdida.
Abre então os olhos, e recomeça.
Marcadores:
Poemas,
V. Pictor,
Viagens
|
0
comentários
sexta-feira, 24 de outubro de 2014
Navegantes
Sentado nas rochas caídas
Vejo o poente fechar descontínuo
Do sangue vermelho no fundo
Ao preto, ofuscaste a vida
Olho o velejar pelo mar
Ao encontro do horizonte
Para frente, tudo já se passou
Está liberto ou preso?
Preso pela maré,
Aceitou o gosto da água.
Marinheiro sem bússola.
Serena, ela espera no poente
Dar calor ao frio estridente
Sobre os Sete, nunca ausente.
Sobre os Sete, nunca ausente.
Marcadores:
D.O. Arghus,
Poemas
|
0
comentários
segunda-feira, 13 de outubro de 2014
Decisão
A arma está apontada
Seguramos o mundo,
Antes de apertar o gatilho.
Eu não posso gritar,
A lágrima ardente já virou rotina,
Tudo estagnou!
Quem vai apertá-lo?
Vai me ajudar a puxá-lo?
Vai tirar da minha mão?
Ajude o sem esperança,
Deitado no canto,
Aparte do mundo.
Hoje lutaremos pela vida.
E outro dia viveremos.
Vamos, o fim está perdido.
Tentamos não afogar,
Mas como é difícil.
A verdade está a frente...
Não abra os olhos.
O Amor morreu,
Homens tentam ressuscitá-lo.
Busca perdida para o Fim.
O Fim não é a felicidade.
Dê-me uma razão para matar,
Dê um sentido para fugir.
Encarar a porra da sua hipocrisia,
Estamos perto do precipício.
Está vendo o trono de ouro a frente?
Eu o fiz.
Estava nele, mas levantei.
Você já saiu do seu?
Tire a faca do meu peito,
A temporada de caça já passou.
Os lobos estão rodeando,
Esta é a vez deles.
Marcadores:
D.O. Arghus,
Poemas
|
0
comentários
Oceano de Ossos
Olhemos para este nada
Tranquilidade frustante
Pensamentos transbordando
Mas não preciso pensar
Cadeia de devaneios
Sou... sou-lhe seu oceano
E sou brisa que gela, a alma
Que tenta se manter quente
Imensidão depressiva
Preso por olhar o nada
Amor, vida, tentaremos?
És isto pura verdade?
Este vento que carrega,
Todas minha incertezas
Não correremos agora
Finalmente já é noite.
Marcadores:
D.O. Arghus,
Poemas
|
0
comentários
Ponto Final
Chega de reticências: ponto final.
Se não dá pra ser tudo, então que seja nada.
Cada um prossiga na sua estrada
Até que a dor seja, talvez, fatal.
Marcadores:
Poemas Part.
|
2
comentários
quinta-feira, 9 de outubro de 2014
Obliterach
Pântanos passam, o gotejo à liberdade
Transfigura-se a lua, por entre as nuvens pálidas,
O desespero despejado cobre a lágrima
Desce ela, pela luz, abraçado ao seu nada
Minha tristeza de bom grado... vazio inerte
Menina, aquele sangue é seu, tire-o da escada
O orvalho escorre nos lábios, vós enxergardes
Grilhões no oceano param a nossa maré
Amanhecer está fora, mas névoa adentro
Vós com medo de nadar? Fá-lo-ia se soubesse
O chão de folhas já não nos aguenta mais
E somos cobertos com nossa própria brisa
A maré... vós obliterardes, eu oblitero
Alcançaria meu fim, a mata ou minha areia
Mas estou farto de tentar nadar, se o fiz...
Até o chamado das sereias, ficarei na água.
Marcadores:
D.O. Arghus,
Poemas
|
0
comentários
Placidez
O céu esplêndido, azul,
Que engloba o Sol poderoso
O Sol, teimoso, brilha atrás dos prédios
A noite calma, anil e pura
Que absorve a Lua pacífica
A Lua brilha, e enaltece a noite escura
As nuvens alvas, formosas,
Transcendem a luz do Universo
Nuvens pomposas, me fazem querê-la perto
Queria eu estar no Ipiranga,
E não bradar nada às suas margens
Estas, acredite, são melhores plácidas
Marcadores:
Lázaro Petrarca,
Poemas
|
0
comentários
segunda-feira, 6 de outubro de 2014
Um ano
Virada do século em um ano
E o bater de asas da borboleta fez ventar
Dominós insanos, indômitos, caem
Cata, ana, metabolismo humano
Pega, anda, metalinguagem eufônica
Um ano tem metas pacatas e bacanas
Incêndios e enchentes em um ano
Um ano pobre, sem plano, sem data
Um ano seco, inconstante e redundante
Ora!
Parece doença, mas é somente a realidade
"Você sofre de Machadismo Agudo Crônico"
"Há algo a se fazer, Doutor?"
"Espere um ano e idade passar, quem sabe resolve..."
Marcadores:
Lázaro Petrarca,
Poemas
|
0
comentários
sábado, 4 de outubro de 2014
Choro de Sereia
Cálida, espera a brisa
Vento onírico do mar
Leva a vida, acalma-te
Não há pressa com tempo
A dança das ondas
O inquietar das gramas
Estamos rodeados... dancemos
Temos até o fim da chama
Dama, vai caminhar comigo?
Nós estamos sozinhos, sabia?
Podemos andar na areia
Seguirmos para o horizonte
Chegaremos no crepúsculo
Mostre-me sua vida
Eu mostro todo o fim
Parvidade, enfim, aparente
Senhorita, passe-me as chaves
Eu aceito sua vontade
As ondas já se abriram
Meu mar já fechou
Marcadores:
D.O. Arghus,
Poemas
|
0
comentários
Assinar:
Postagens (Atom)